Produção de carvão sustentável discutida em Luanda
Enfrentar os desafios associados à indústria de produção do carvão vegetal tornou-se uma prioridade para Angola, baseando-se na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável como modelo para o desenvolvimento inclusivo. Assim, o governo, através do Ministério do Ambiente coadjuvado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal, Universidade de Córdoba, em Espanha, Universidade José Eduardo dos Santos no Huambo e as organizações da sociedade civil, têm uma “relevante estratégica para o país e o mundo” e estão a implementar medidas para apoiar as comunidades rurais a manter seus meios de subsistência e recursos naturais de forma sustentável a luz da legislação e políticas nacionais.
Neste contexto, teve lugar na passada quinta-feira em Luanda, a apresentação do ponto de situação do projecto de “Promoção do Carvão Vegetal Sustentável em Angola através de uma abordagem da cadeia de valor”, iniciado em 2017, e as perspectivas para o futuro, sob égide do Ministério do Ambiente com o apoio do PNUD em Angola, na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas.
Na sua intervenção, o Representante Residente do Programa das Nacoes Unidas para Desenvolvimento (PNUD), Henrik Fredborg Larsen, frisou que “ Para as Nações Unidas, o Projecto Carvão se encaixa nos esforços nacionais e internacionais de limitar o aquecimento global para menos de 1,5 graus. Mas o que está em questão neste projecto não é somente a conservação das florestas e a protecção do nosso clima global, mas também a renda dos homens e das mulheres que vivem da produção e do comercio do carvão vegetal, muitas vezes sem alternativas viáveis, acrescentou”.
Durante o eveto, foram também partilhados exemplos de boas práticas na produção de carvão sustentável em Moçambique e como os fogareiros eficientes e a briquetagem podem reduzir a emissão de gases de efeito estufa em Angola.
O projecto de produção de carvão sustentável do Ministério do Ambiente em colaboração com o PNUD Angola e o Fundo Global para o Ambiente, visa preservar as florestas e mitigar as emissões de gases poluentes, gerando, ao mesmo tempo, empregos e desenvolvimento das comunidades locais.
A sessão de trabalho contou com a presença dos principais parceiros envolvidos e de especialistas internacionais do Fundo Nacional do Desenvolvimento Sustentável de Moçambique e da Green Domus.