Parceiros da ONU em formação sobre como prevenir exploração e abusos sexuais

© ONU/UNDP

Esta sexta-feira, a formação dada pela Organização das Nações Unidas (ONU) aos parceiros de implementação incluiu um módulo sobre Prevenção da Exploração Sexual e do Abuso Sexual, reflectindo a decisão da ONU de implementar uma política de “Tolerância Zero” para qualquer conduta sexual inadequada. O objetivo máximo é informar para proteger a população e o staff, incentivando a prevenção e a denúncia destas práticas.

 “Interagir com os nossos parceiros de implementação sobre a prevenção da exploração e abuso sexual é muito importante para o PNUD”, referiu o Representante Residente do PNUD em Angola, Henrik Fredborg Larsen. “Trata-se de proteger as pessoas - nas nossas instituições parceiras e em Angola, de maneira mais abrangente, bem como os nossos próprios funcionários”, continuou.

Os participantes foram informados sobre as normas e princípios que todos os funcionários das Nações Unidas e parceiros de implementação devem cumprir para assegurar o respeito de todos por todos. A ONU espera que todas as instituições governamentais, organizações intergovernamentais e organizações da sociedade civil, incluindo organizações não governamentais, colaborem e seabstenham de comportamentos inapropriados e denunciando qualquer suspeita.

“A mensagem é muito clara: temos tolerância zero e queremos reduzir os obstáculos que dificultam as denúncias, para que sejam tomadas medidas imediatamente", concluiu Henrik Fredborg Larsen.

A exploração e o abuso sexual, além de violarem os direitos humanos fundamentais e provocarem graves consequências, comprometem o trabalho das Nações Unidas junto das comunidades, anulando os feitos positivos e quebrando a confiança da população.

Nestes termos, o pessoal da ONU e os parceiros estão proíbidos de realizarem trocas de dinheiro, emprego, assistência, bens ou serviços por sexo, favores sexuais ou outras formas de conduta humilhante, degradante ou exploradora. Estas normas devem ser respeitadas mesmo fora do horário de trabalho e durante os fins de semana e férias, pois a conduta privada de cada um destes indivíduos reflecte-se na ONU.

Os parceiros foram ainda informados sobre os meios existentes de denúncia de casos de exploração sexual e abuso sexual e os mecanismos criados para investigar suspeitas e prestar assistência médica e psicossocial, entre outras, às vítimas.