Governo e parceiros discutem como amenizar alterações climáticas

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Os angolanos já sentem na pele os efeitos das alterações climáticas, como secas e cheias, e as consequências do aumento do nível do mar e erosão na saúde, na agricultura, e na segurança alimentar, entre outros.

O Governo de Angola, reconhecendo a vulnerabilidade do país, mostra estar pronto para agir, de forma proativa, e destaca a necessidade urgente de se identificarem oportunidades e acções coletivas para promover um novo modelo de desenvolvimento para o país com emissões de carbono mais baixas e maior resiliência climática.

Na passada sexta-feira, 11 de setembro, realizou-se uma Mesa Redonda do Clima entre governo e parceiros, em Luanda. O evento foi organizado pelo Ministério da Cultura, Turismo e Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o objectivo de criar um espaço de diálogo entre as diferentes organizações com interesse no campo das alterações climáticas em Angola.

Os presentes compartilharam informações sobre as suas actividades actuais e futuras, a fim de melhorar a cooperação e avaliar a oportunidades para sinergias e parcerias.

O evento foi presidido pela Ministra da Cultura, Turismo e Meio Ambiente, Dra. Adjany Costa e contou com a presença do Minístro das Relações Exteriores, Téte Antonio, e de Edo Stork, como Coordenador Residente das Nações Unidas em exercício. Participaram ainda, fisicamente ou virtualmente, a Embaixada de Portugal, Embaixada do Reino Unido, a Embaixada da Noruega, Embaixada da Suécia, a Delegação da União Europeia, a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), o Banco Africano de Desenvolvimento, a Agência de Cooperação Japonesa JICA, a Agência de Cooperação Françesa AFD, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD) e várias outras organizações, bem como a petrolífera ENI-Solanova, do sector privado.

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No evento foram apresentadas as prioridades nacionais para o país no domínio das alterações climáticas, os 5 pilares da Estratégia Nacional de Angola sobre Alterações Climáticas 2020-2035 (1 - Mitigação, 2 - Adaptação, 3 - Capacitação, 4 - Análise e Monitoramento de Pesquisa e 5 - Mecanismos de Financiamento) e instrumentos que ajudarão a implementar esta estratégia, como: as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), entre outras.

Foi também destacado que todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são importantes e necessários para combater o problema das alterações climáticas e criar um desenvolvimento social e econômico ecologicamente correto, sustentável e inclusivo, que promova a criação de empregos verdes, em particular para mulheres e jovens.