Dia Internacional da Vida Selvagem

© Laura MacInnis/GEF, 2019

Celebramos o Dia Internacional da Vida Selvagem (03 de Março) para proteger a fauna e a flora do planeta, bem como alertar sobre os riscos do tráfico das espécies selvagens animais.

Um dos países com maior biodiversidade da África, Angola abriga 6.650 espécies de plantas, 227 espécies de répteis, 275 espécies de mamíferos, incluindo a Palanca Negra gigante e o Mabeco (cão selvagem), 78 espécies de anfíbios e 915 espécies de aves. Tudo isso, quase perdido em conflitos humanos, exploração para indústrias extrativas, caça furtiva e energia.

Mas, desde 2011, sob a liderança  do  Ministério do Ambiente ( MINAMB ) através  do Instituto Nacional da Biodiversidade e das Áreas de Conservação (INBAC) responsável pela gestão de suas áreas protegidas, o Governo de Angola intensificou seus esforços para alcançar o ODS 15 “Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir as florestas de forma sustentável, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e impedir a perda de biodiversidade ”.

Desde 2016, no âmbito do quinto  financiamento  de fundos GEF, o PNUD e o MINAMB por meio do INBAC estão a implementar um projecto de cinco anos, decisivamente focado na proteção da biodiversidade, o “Expansão e Fortalecimento do sistema das Áreas Protegidas em Angola”.

O projeto já alcançou mudanças significativas para o sistema de gestão de 3 parques, fornecendo equipamentos e infraestruturas adicionais, como veículos e postos para facilitar a presença e patrulhas contínuas dos fiscais, dando-lhes mais poder para agir como dissuasor contra a caça furtiva e outras atividades ilegais.

No Parque nacional de Cangandala, além dos quatro postos e dois veículos de patrulha, foi construída uma plataforma aberta no centro de um santuário turístico, onde é facilitada a observação da icônica Palanca Negra na natureza. No Parque nacional do Bicuar, enfrentando como desafio o seu tamanho enorme e o difícil acesso aos postos dos fiscais quando chega a chuva, está a ser equipado com um sistema de cobertura de rádio. Em todo o parque, a rede de postos dos fiscais foi reforçada com sete edifícios adicionais e dois carros. No Parque nacional da Quiçama, foram construídos 5 postos de fiscais para reforçar o sistema de gestão da Área Especial de Conservação.

Dirigido pelo MINAMB por intermédio do INBAC, o sistema de áreas protegidas expande-se e demostra cada vez mais a complexidade da sua biodiversidade e dinâmica socioeconómica. Como parte do projeto, foram desenvolvidos levantamentos nos parques nacionais de Quiçama, Bicuar, Cangandala e na Reserva Natural Integral do Luando. Esses estudos envolveram vários parceiros, nacionais e internacionais, que fornceram dados sobre a diversidade e distribuição da vida selvagem em cada área protegida em questão, bem como a ligação entre o homem com essas áreas e o impacto na cobertura e transformação da vegetação.

Quando o “Super Ano” da biodiversidade começar, as parcerias público-privadas desempenharão um papel fundamental no melhoramento do sistema de proteção da biodiversidade, o aperfeiçoamento do equilíbrio entre humanos e animais sendo uma das principais perspectivas.