Ministério de Ambiente e PNUD Angola juntos na gestão dos resíduos sólidos

UNDP Angola

No Dia Nacional do Ambiente, o Governo de Angola, através do Ministério do Ambiente, e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola deram mais um passo no reforço da cooperação, com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a agência das Nações Unidas e a Agência Nacional dos Resíduos (ANR). O evento contou com a participação do Secretário de Estado para o Ambiente, Dr. Joaquim Manuel e representantes do ministério e da ANR. 

O Memorando de Entendimento foi assinado pelo Representante Residente do PNUD Angola, Henrik Fredborg Larsen, e o PCA da Agência Nacional dos Resíduos, Dr. Monteiro Gomes Lumbu. Ao abrigo do mesmo, o PNUD Angola e a ANR vão colaborar, almejando a melhoria e a sustentabilidade da gestão de resíduos urbanos no país.

No seu discurso, o Secretário de Estado para o Ambiente ressaltou a importância da assinatura deste memorando no Dia Nacional do Ambiente e referiu a longa e produtiva cooperação com o PNUD Angola. O PCA da Agência Nacional dos Resíduos referiu, por sua vez, que este memorando é o resultado de “um grande esforço conjunto para que a gestão de resíduos deixe de ser um problema, e passe a ser uma fonte de renda”, seguindo o exemplo de alguns países.

Ambas as instituições irão promover a interligação entre inovação e as políticas nacionais, incluindo no uso do plástico.

Da parte do PNUD Angola, as acções serão desenvolvidas pelo Laboratório de Aceleração, uma equipa criada em 2019, com o objectivo de acelerar o progresso e o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 2030, ao promover a inovação e a experimentação. O Laboratório de Aceleração de Angola enquadra-se numa rede global que já criou o mesmo protótipo de laboratórios em mais de 60 escritórios do PNUD, pelo mundo.

O Laboratório de Aceleração pretende ainda testar outras possíveis soluções para a gestão de resíduos, sempre apostando na exploração, experimentação e inovação, para responder a este desafio complexo que acaba por ter efeitos ambientais, sociais e económicos.

“Estas acções pretendem contribuir para a redução da poluição, principalmente a marinha, na qual o uso de plástico é o maior vilão”, frisou o Representante Residente do PNUD Angola. Henrik Fredborg Larsen destacou ainda o facto do Dia Nacional do Ambiente ter sido implementado a 31 de Janeiro de 1976, ou seja, apenas “meses depois do país se tornar independente”. “Angola sabia que era importante falar e agira para a adopção de padrões de vida sustentáveis, promovendo uma gestão equilibrada dos recursos naturais do país” e um meio ambiente saudável, concluiu o Representante.

A parceria vai abranger ainda a criação de políticas para a melhor gestão dos resíduos sólidos, a realização de uma campanha de sensibilização sobre o impacto negativo para o ambiente e para a saúde pública de uma gestão de resíduos inadequada e a realização de um mapeamento do sector de gestão de resíduos.