Primeira área de conservação marinha de Angola é para “fazer acontecer”, diz Ministra do Ambiente, Cultura e Turismo

UNDP Angola

A conservação marinha está colocada na agenda de prioridades do Ministério do Ambiente, Cultura e Turismo, como forma de travar e reverter a perda de biodiversidade e de ecossistemas. Como tal, realizou-se esta quinta-feira, o “Workshop de Criação de um Mecanismo Intersectorial para apoiar a Nova Rede das áreas de Conservação Marinha em Angola”, um projecto do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), em parceria com o Fundo Global do Ambiente (GEF) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O objectivo deste projecto é de desenvolver uma estratégia nacional de conservação marinha e de criar a primeira área de conservação marinha do país.

Nesta fase, espera-se “criar uma equipa de trabalho e um mecanismo sólido e robusto para darmos passos mais concretos e, conjuntamente, fazer acontecer”, afirmou Sua Excelência a Ministra do Ambiente, Cultura e Turismo, Dra. Adjany Costa, na abertura do evento.

“Este projecto é uma prioridade do programa de desenvolvimento nacional”, continuou a Dra. Adjany Costa, e visa a “criação de políticas e programas para a exploração racional dos recursos marinhos e da orla costeira, que incentivarão a exploração turística na zona definida como a primeira área de conservação marinha de Angola”, continuou.

No evento, que decorreu no Hotel Trópico, participaram representantes séniores dos principais sectores chave e intervenientes na questão e foram discutidos os principais desafios e caminhos para a expansão “da rede de áreas de conservação para o ambiente marinho”, como explicou a representante do Ministério da Agricultura e Pescas.

Foram igualmente discutidos os projectos já existentes na costa angolana, os projectos internacionais que incluem Angola e o ordenamento jurídico relevante.

Em representação do PNUD, o Especialista e Responsável do Portfolio do Ambiente Dr. Goetz Schroth, parabenizou o Governo e o INBAC pela organização de um “evento de coordenação intersectorial”, principalmente porque no espaço marinho “vários interesses e usos sempre se sobrepõem, onde nem as correntes de água nem os organismos respeitam fronteiras e limites”. 

Este projecto faz parte de um “portfólio de colaborações entre o MCTA e o PNUD, que tem um volume financeiro de USD 25,5 milhões e que até ao final do ano vai ultrapassar os USD 30 milhões”, continuou o Dr. Goetz Schroth. Resumindo a importância crescente de projectos sobre a gestão e conservação das águas nacionais e internacionais neste portfólio, o Dr. Schroth enfatisou que “todos estes projectos tem também o objectivo de promover o intercâmbio entre países e de contribuir para o conjunto de experiências internacionais em termos de gestão e conservação dos recursos naturais para o maior benefício das sociedades actuais e futuras. O objectivo do PNUD é de ser o parceiro do Governo neste caminho.”

No mês passado, a Ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Sua Excelência Dra. Adjany Costa e o Representante Residente do PNUD, Dr. Edo Stork, assinaram outro acordo em defesa da biodiversidade. O acordo visava a implementação de um projecto de “Combate ao comércio ilegal de vida selvagem e conflito entre a vida selvagem e humana em Angola”, e será também financiado pelo Fundo Global do Ambiente (GEF) em USD 4,103,800.