Novo estudo sobre desenvolvimento de competências pode orientar a criação de emprego em Angola no período pós-COVID

PNUD publica os resultados do estudo sobre “O papel do desenvolvimento das competências profissionais na promoção do emprego em Angola: estudo de caso da província da Huíla” realizado entre 2019 e 2020.

O trabalho − fruto de numa parceria entre o Governo da República de Angola, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Universidade Mandume ya Ndemufayo, com apoio institucional do Governo provincial da Huíla − fornece uma análise das instituições de ensino técnico e formação profissional activas na província da Huíla mostrando sucessos e fracassos dos jovens formados para obter um emprego, bem como oferece possíveis soluções.

O estudo mostra que apenas um em cada dez jovens que passaram pelo sistema de ensino técnico e formação profissional na Huíla encontrou um emprego formal após a sua formação. Por outra parte, há empresas privadas na província com um forte potencial para investir no desenvolvimento de determinadas competências profissionais. Uma das principais mensagens consiste, portanto, na urgência de estabelecer a ligação entre a procura e a oferta de competências profissionais no mercado laboral, para preencher o défice de competências necessárias para fomentar a produtividade das empresas.

Os resultados da pesquisa permitem derivar aprendizagens, boas práticas e recomendações de políticas públicas que visam  promover ou reforçar o desenvolvimento das competências profissionais, seja elas na Província da Huíla e com implicações ao nível nacional, incluindo a aceleração do Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O estudo contribui também para apoiar às políticas de fortalecimento da resiliência – em particular o Quadro de Recuperação e Resiliência à Seca (QRS) 2018-2022 – frente aos desafios da seca que atingiu recentemente o sul de Angola.

Acreditamos que o presente estudo constitui uma valiosa contribuição para o desenho das políticas para reduzir a pobreza ressaltando assim o papel chave das competências profissionais na geração de emprego e rendimento e no fortalecimento da resiliência, colocando ao centro o desenvolvimento humano, e em especial a juventude angolana.

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