Relatório sobre as Alterações Climáticas do IPCC apresentado em Luanda

© PNUD em Angola

Realizou-se  no  dia 23 de Julho, em Luanda um workshop intitulado “Divulgação das actividades e descobertas do Painel Intergovernamental sobre as alterações climáticas (IPCC), organizado pelo Gabinete de Alterações Climáticas do Ministério do Ambiente e que contou com a participação dos vice-presidentes do IPCC, Thelma Krug e Youba Sokona, do Representante Residente do PNUD Henrik Larsen, entre outros ilustres convidados.

O workshop teve como objectivo aumentar a conscientização sobre o papel do IPCC e a importância do envolvimento dos governos para uma interface científica e política mais forte. Os representantes do IPCC frisaram, por um lado o ponto principal do Quinto Relatório de Avaliação publicado em 2014, e por outro lado, o Relatório Especial do IPCC sobre Aquecimento Global 1,5˚C publicado em 2018.

Salienta-se que dentro do Sistema das Nações Unidas, o IPCC é uma instituição cientifica que conseguiu ao longo dos anos criar consensos alargados sobre as causas e efeitos das alterações climáticas, bem como colocar essas questões no centro das discussões internacionais.

Dois temas recorrentes foram destacados: a necessidade das publicações científicas serem mais acessíveis para todos os públicos e a necessidade de aumentar a participação de membros africanos na redação dos relatórios do IPCC. Isso envolve a necessidade de uma linguagem de comunicação mais acessível, incluindo a literatura cinza para aprimorar o conhecimento através de fontes locais. Além disso, houve apenas 8% de contribuição do continente africano no último documento produzido pelo IPCC, o que é um paradoxo, pois é em África  que as pessoas são significativamente afectadas pelos fenómenos severos das alterações climáticas.

Além disso, é importante que os diferentes ministérios trabalhem em conjunto e reforcem suas iniciativas para alcançar uma resposta mais sustentável as alterações climáticas. Assim, é fundamental encontrar alternativas para que os diferentes ministérios se engajem com as universidades locais no acesso à informação no terreno visando as necessidades de Angola para o desenvolvimento sustentável.