ONU alerta para sub-representação no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Secretário-geral fala sobre a atuação da ONU para 2019

Mulheres e meninas beneficiárias do Promoção do carvão sustentável em Angola

Secretário-geral destaca que situação é crónica; tema deste ano é "Investimento em mulheres e meninas na ciência para um crescimento verde inclusivo"; investigadora portuguesa relata como era a única aluna na sala de aula.

As Nações Unidas apontam que a ciência e a igualdade de género são essenciais para alcançar as metas internacionais de desenvolvimento, incluindo a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Por isso, 11 de fevereiro é, desde há quatro anos, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

A organização reconhece o grande esforço feito nos últimos 15 anos para inspirar e envolver o género feminino no mundo cientifico. No entanto, mulheres e meninas continuam a ser excluídas da participação plena nesse campo.

Alerta

Para as Nações Unidas, os estereótipos de género continuam distanciando meninas mulheres das disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática em todo o mundo.

Para as Nações Unidas, os estereótipos de género continuam a distanciar meninas mulheres das disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática em todo o mundo.

 Em mensagem especial, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destaca que as mulheres e meninas “são vitais” na ciência, na tecnologia, na engenharia e na matemática e impulsionam a inovação em todas essas áreas.”

Guterres alerta que, no entanto, o sexo feminino permanece “terrivelmente sub-representado” destacando que os “estereótipos de género, a falta de modelos, de políticas sem qualquer apoio, ou mesmo hostis, podem impedi-las de seguir essas carreiras.”

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, menos de 30% dos investigadores no mundo são mulheres.

No mundo, o número de estudantes do sexo feminino é particularmente baixo nas Tecnologias de Informação, TIC. Apenas 3%, nas ciências naturais, na matemática e na estatística é de 5% e em engenharia, manufatura e construção é de 8%.

História

Essa realidade é ilustrada pela investigadora portuguesa Micaela Fonseca. A professora universitária doutorada em Física partilhou com a ONU News, a partir de Lisboa, como é ser a única mulher na sala de aula.

“Nos últimos anos de curso fui a única mulher nas aulas. Foi uma experiência muito interessante, estou muito habituada a trabalhar no meio dos homens. Mas nós como mulheres, a aceitação e a forma de lidarmos e de trabalharmos na investigação, eu acho que já percorremos muito, mas eu acho que ainda temos um caminho a percorrer em termos de aceitação.”

Este ano,  a data é celebrada sob o tema "Investimento em mulheres e meninas na ciência para um crescimento verde inclusivo."

Para as Nações Unidas, os estereótipos de género continuam a distanciar meninas mulheres das disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática em todo o mundo.

Mais sobre o assunto em:https://news.un.org/pt/