Luanda, 11 de Julho de 2018 . "O PNUD gostaria de agradecer ao MCN, ao Governo de Angola, e ao Fundo Global, pela confiança depositada em nós, como executor das verbas do Fundo Global. É também uma tarefa que assumimos com muito humilidade, estamos cientes de todos os esforços empreendidos pelo Governo, decisores, enfermeiros e médicos em todo o país, bem como pelas organizações da sociedade civil, aqui representadas pela ANASO, para assegurar mudanças positivas na vida das famílias afectadas pelo VIH" afimou hoje Henrik Fredborg Larsen, Director do PNUD em Angola, na cerimónia de assinatura dos Acordos de subvenção VIH e Malária do Fundo Global para Angola, para o periodo 2018 – 2021, presidida pela Ministra da Saúde, Dra Sílvia Lutucuta.

Na cerimónia da entrega formal da subvenção do Fundo Global, a Ministra da Saúde, Dra Sílvia Lutucuta, garantiu que “Angola vai continuar a trabalhar com o Fundo Global na luta contra a malária, VIH e tuberculose, bem como no reforço do Sistema Nacional de Saúde, tornando-o cada vez mais resiliente”. A governante recordou que, desde 2015, Angola atravessa uma crise económica de grande impacto, que  reduziu o cofinanciamento dos projectos no sector da saúde. Neste contexto adverso, os recursos facultados pelo Fundo Global vem apoiar na compra de produtos essenciais para o VIH e continuar as actividades de prevenção e tratamento de casos de malária e tuberculose.

Por seu lado, a presidente do Mecanismo de Coordenação Nacional do Fundo Global (MCN), Rute Mixinge, realçou que o financiamento vai ajudar a adquirir materiais hospitalares, reagentes, a financiar a formação de técnicos no domínio de assistência médica, supervisão dos serviços médicos e o reforço da educação para a saúde. A Presidente do MCN solicitou aos Receptores Principais a cumprirem com as metas concordas com o Fundo Global e a reforçarem as acções de educação para saúde no seio das comunidades.

Por sua vez, a Gestora Regional do Fundo Global para Africa austral e oriental, Charlotte Kristiansson, salientou que a nova subvenção do Fundo Global disponibilizada à Angola, tem como objectivo atingir as metas globais 90-90-90 e aumentar a percentagem de serviços de cuidados e tratamento da malária e VIH nas crianças e adultos.

De realçar que a nova subvenção designada “Apoio a resposta nacional ao VIH/SIDA em Angola” com um financiamento de cerca de 23 milhões de dólares será executada pelo PNUD, juntamente com o seus parceiros do Governo e da sociedade civil, de Julho de 2018 a Junho de 2021. Igualmente, visa contribuir para uma taxa de prevalência do VIH menor que 3% até 2022 em Angola.

Para alcançar esse objectivo, os resultados esperados até 2021 são os seguintes:   i) serviços de prevenção do HIV disponíveis para 90.000.00 meninas adolescentes e mulheres jovens que vivem em Luanda, Benguela, Huila, Cunene e Namibe, 16.584 Mulheres Trabalhadoras do Sexo baseadas nos municípios de Luanda,  bem como para 1.782,00 Homens que fazem sexo com homens com base na capital da província de Benguela; ii) aumento da percentagem de tratamento para mulheres grávidas seropositivas, a nível nacional de 42% para 48% em 2021; iii) aumento da percentagem de tratamento anti-retroviral para pessoas que vivem com o HIV a nível nacional, de 24,5% para 38,1%.

Recorde-se que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é desde 2003 Principal Recipiente dos financiamentos do Fundo Global em 45 países. E em Angola, é parceiro chave do Ministério da Saúde através do Instituto Nacional da Luta contra o VIH / SIDA (INLS), na implementação da subvenção para apoiar à resposta nacional ao VIH/SIDA. Par além do Quadro de desempenho da subevnção, a accção do PNUD está orientada pelo Plano Estratégico Nacional para o VIH/sida, a Estratégia VIH, Sáude e Desenvolvimento do PNUD (2016-2022) e  a Estratégia da ONUSIDA  2016-2021 “ Aceleração para o fim da SIDA”.

Leia na íntegra o discurso do Director do PNUD em Angola, Henrik Fredborg Larsen